Antes de tudo, você precisa saber qual será o tipo de sua utilização, pois há um capacete adequado para cada modalidade e aplicação. Para que a entenda de maneira mais fácil, é só imaginar o calor que um trilheiro passaria utilizando um capacete fechado, ou quão forte seria o vento no rosto de alguém que utilizasse um capacete aberto numa moto capaz de rodar a 300 km/h.
Mas não se engane em pensar que conhecer os tipos de capacete já é o suficiente para que você faça a escolha correta na hora de comprar um. É preciso saber quais os itens que devem ser analisados e de que forma podem influenciar. São eles:
CONFORTO – Este é o item mais importante quando se fala de segurança. Capacetes que são desconfortáveis na maior parte das vezes não "vestem" adequadamente a cabeça, possibilitando que, em caso de impacto, ele tenha sua eficiência comprometida. O correto é que ele vista bem, sem dores e desconfortos, acomodando bem inclusive as orelhas. É aconselhável vesti-lo ao menos por cinco minutos para certificar-se que nenhuma dor surja. Ao retirá-lo, veja em um espelho se há marcas vermelhas em seu rosto. Lembre-se que o capacete deve ficar justo na cabeça, mas nunca a ponto de incomodá-lo.
CASCO – É a parte mais aparente de um capacete. Pode ser fabricado em compostos de plástico e fibras (de vidro ou carbono). Os confeccionados em plástico (ou policarbonato) são mais leves e com grande rigidez. Já os construídos em fibra de vidro ou carbono são capazes de suportar melhor a impactos e também oferecem uma vida útil mais prolongada. Em ambos os tipos, a função principal é dissipar o impacto e garantir que nenhum objeto pontiagudo possa perfurar o capacete e atingir a cabeça.
PARTE INTERIOR – A função dessa camada feita em poliuretano, uma espécie de isopor de maior densidade, é absorver os impactos e evitar que o choque chegue à cabeça. Fique atento, pois existem capacetes vendidos ilegalmente (sem certificação do Inmetro) cuja camada interna praticamente é inexistente, sendo utilizado apenas espumas e forração em tecido.
FORRAÇÃO – É de suma importância em um capacete, pois é justamente nela que a pele do motociclista entrará em contato. Por esse motivo tem de ser agradável ao tato, antialérgica e ter a capacidade de absorver o suor e permitir a circulação de ar. Alguns capacetes são dotados de forros laváveis e substituíveis, contribuindo não só para a higiene, como também para a manutenção, a aparência e a eficiência do capacete.
FECHO DE SEGURANÇA E CINTA JUGULAR – Ainda que seja um dos itens do capacete que pouca gente dá importância, a cinta jugular e o sistema de fecho são muitíssimo importantes, já que são os responsáveis diretos por impedirem que o capacete saia da cabeça em caso de queda.
A cinta é feita do mesmo material dos cintos de segurança, daí a alta resistência. Ela não pode ser muito longa para que não se solte com facilidade e bata no pescoço, e deve ter bom acabamento para não causar ferimento ao usuário. Já o fecho de segurança não deve em hipótese nenhuma quebrar ou soltar. Os tipos mais comuns de fecho são o duplo anel em "D", considerado o mais leve e seguro – o único aprovado para competições de moto –, e o fecho de engate rápido, mais fácil de ser utilizado, por isso mais comum de ser encontrado.
PESO – Dizer que um capacete é ruim porque é pesado está errado. Existem ótimos capacetes cujo peso não é dos menores. O fato é que quanto mais leve, mais conforto ele oferece, já que a musculatura do pescoço não sofrerá tanto. O problema é que os compostos mais leves também são os de maior custo, por isso os capacetes mais leves também costumam ser bem mais caros.
TAMANHOS – O tamanho de um capacete deve levar em consideração o tamanho da cabeça, e não do casco. A maneira correta para saber sua medida é utilizar uma fita métrica e medir a circunferência que sai acima da nuca, passa pela testa e volta para parte de trás da cabeça. Ao experimentar diferentes marcas de capacete, é possível notar que uns são maiores que os outros. Isso acontece porque alguns fabricantes utilizam apenas uma medida de casco para atender desde o menor ao maior tamanho de cabeça. O maior inconveniente disso fica por conta da estética, pois quem é que gosta de pilotar utilizando um capacete enorme a ponto de ganhar um apelido do tipo cabeção?
VISEIRAS OU ÓCULOS DE PROTEÇÃO – Muitos subestimam a importância desse item. Eles são responsáveis por evitar que detritos como insetos, areia, chuva e uma infinidade de outros corpos estranhos machuquem os olhos e o rosto dos motociclistas. Na hora de adquirir um capacete, certifique-se que a viseira é capaz de transmitir boa visibilidade sem distorção da visão. Elas precisam ser fáceis de serem substituídas, devem vedar a entrada de vento e chuva, e seu mecanismo de abre e fecha precisa ter um funcionamento suave.
MARCAS – Escolher um capacete por sua marca famosa não o assegura que ele de fato é bom. Por outro lado, escolher um modelo de uma marca desconhecida pode ser um risco, principalmente se você precisar de alguma peça de reposição.Ao contrário do que se pensa, os capacetes fabricados no Brasil por empresas como a Peels, Bieffe, Vaz, Pro-Tork, Taurus e outras marcas oferecem boa qualidade com segurança e preço acessível.
CERTIFICAÇÃO – Jamais esqueça de verificar se há no capacete que você quer comprar o emblema do Inmetro. Essa certificação é a garantia de que ele passou por inúmeros testes para assegurar que é capaz de salvar a sua vida.
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