
A dúvida não deveria nem existir, afinal em todo “Manual do Proprietário” que acompanha as motocicletas há as recomendações dos fabricantes sobre o óleo correto e o intervalo entre cada troca de óleo. Mas o que fazer quando até mesmo na própria concessionária autorizada o mecânico recomenda substituir o fluido antes do recomendado?
Ao longo dos anos, assim como as motos, os óleos evoluíram. Tanto na viscosidade como nas especificações da API (American Petroleum Institute). “Antes os óleos atendiam normas mais antigas da API, agora o Yamalube, óleo recomendado pela Yamaha para suas motos, atende à norma SL, quer dizer uma especificação mais moderna, o que permite um maior intervalo na hora de trocar o óleo”, ressalta o Instrutor da Yamaha.
Nas motos de baixa cilindrada da marca, como por exemplo, a YBR 125 Factor, a fábrica recomenda a troca de óleo a cada 3.000 km – exceto na primeira troca que deve ser feita aos 1.000 km junto com a revisão. Porém, uma rápida visita aos fóruns na internet ou uma conversa com motociclistas mostra que a maioria faz a substituição a cada 1.000 km, inclusive com recomendação da concessionária. “Os concessionários recomendam isso porque sabem que a maioria dos clientes não verifica o nível do óleo entre as trocas. Então para evitar problemas recomendam que se troque o óleo na metade do tempo”, justifica Alexandre.
Alexandre aproveita para alertar os motociclistas: “mesmo que a troca seja recomendada a cada 3000 km o motociclista precisa verificar o nível de óleo periodicamente e, se necessário for, completar com o mesmo óleo utilizado”. Se o motociclista utilizar um óleo diferente, o fluido pode perder suas características, alerta ele.
A validade do óleo também é outro fator a ser levado em conta. Após sair da embalagem o óleo dura seis meses. Mesmo que a moto não rode a quilometragem indicada, depois desse período o óleo deve ser substituído. “Mas trocar o óleo toda semana ou a cada 1000 km, além de jogar dinheiro fora, o motociclista vai gerar resíduos desnecessários para o meio ambiente”, relembra o engenheiro que há 14 anos trabalha na Honda.
O óleo certo
Alfredo Guedes também alerta para o uso do óleo correto, ou seja, aquele recomendado pela montadora. “O consumidor deve sempre usar o óleo recomendado pelo fabricante. Pois já fizemos exaustivos testes em bancadas, ou rodando em condições severas. Muitos proprietários de motos maiores, como a CBR 600RR, por exemplo, querem usar óleo de base sintética, porque acham que é melhor. Não recomendamos”, avisa o engenheiro.
Segundo ele, os óleos de base sintética podem formar uma película nos discos de embreagem e reduzir o atrito. Com isso a embreagem pode começar a patinar. “Alguns fabricantes de óleo sintéticos afirmam que isso não acontece mais, porém a Honda ainda não testou esses óleos e o motociclista não deve utilizá-lo em nossas motocicletas. Exceto alguns modelos de competição que têm embreagem a seco”, reforça ele.
Conclusão
Para saber qual a hora certa de trocar o óleo de sua moto a principal recomendação dos fabricantes é só uma: seguir à risca o “Manual do Proprietário”. Tanto em relação ao óleo a ser utilizado quanto ao intervalo entre as trocas. Com isso, segundo o Instrutor da Yamaha, o motociclista tem a garantia de estar cuidando bem da lubrificação de sua moto. “Seguindo o Manual não tem erro, não tem xabu”, reforça Alfredo da Honda.
5 dicas sobre troca de óleo:
1) Nunca use óleo de carros em motocicletas
2) O óleo certo para cada modelo de moto é o recomendado pelo fabricante
3) Verifique o nível do óleo semanalmente
4) Na troca de óleo, verifique a necessidade de substituir os filtros de óleo e ar da motocicleta
5) Caso sua moto não rode muito, troque o óleo a cada seis meses
Fonte:
Equipe MOTO.com.br
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